segunda-feira, 29 de junho de 2009

Torcida pela Roça do Ventura

Foto: Marco Aurélio Martins/Ag. A Tarde




por Cleidiana Ramos


Ontem, o terreiro Seja Hundé, também conhecido como Roça do Ventura, situado em Cachoeira realizou uma das suas mais importantes cerimônias anuais: a Fogueira de Kaviono. No dia 23 teve também a Fogueira de Bessen.

De tradição jeje, o Ventura é um dos mais antigos terreiros baianos e a comunidade de lá está na batalha para conseguir o tombamento como patrimônio e uma reforma emergencial.

A primeira demanda está tramitando no Iphan e a segunda à espera de uma resposta do governo do Estado.

O terreiro está com sérios problemas em suas partes construídas, principalmente o barracão: instalações elétricas precárias- em algumas situações recorre-se ao velho candeeiro-, paredes rachadas e dificuldades para o acesso a suas dependências.

O Seja Hundé fica a três quilômetros da cidade. Para chegar é preciso vencer uma encosta. Com as chuvas ficou ainda pior para acessar a ladeira. Segundo o ogã Marcus Alessandro, algumas pessoas chegam a desistir de ir até lá.

Mas para quem insiste e vence as barreiras a visão que a Roça do Ventura oferece é de tirar o fôlego: áreas verdes, fontes, enfim, um espaço realmente mágico.

E sem falar que o pessoal que lidera a Casa é uma simpatia: ogã Boboso, 103 anos, ogã Bernardino, 92 anos, vodúnsi Alda e vodúnsi Alaíde. Os mais novos da Casa também não ficam atrás: ogã Buda e ogã Marcus Alessandro.

Fica aqui a torcida para que o Ventura consiga resolver o mais rápido possível estas suas demandas.

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